quinta-feira, 16 de julho de 2009

É correctíssima esta ideia de Alberto João Jardim.


O texto da proposta de lei refere expressamente que «a democracia não deve tolerar comportamentos e ideologias autoritárias e totalitárias, nem de direita, nem de esquerda».

Alberto João não disse que algum partido deveria ser proibido, mas falou antes de ideologias. E, foi bem explícito e coerente.

Como a Constituição Portuguesa já proíbe o fascismo, por ser uma ideologia totalitária e autoritária; então, por que tolera o comunismo que é uma ideologia igualmente totalitária e autoritária?

A resposta radica no ambiente em que a Constituição pós Abril foi elaborada. Mas, num tempo em que o 25 de Abril foi completamente desfeito, estes resquícios de desse “Abril vermelho” também já não fazem sentido e deveriam ser banidas da Constituição.

Se a extrema direita é muitas vezes conotada com o fascismo, a extrema esquerda é pró comunista e, sem duvida, igualmente totalitarista e autoritária.

Dito de maneira mais simples: se o PNR é conotado com o fascismo, logo considerado perigoso, por que razão o BE, conotado com o comunismo, não é igualmente considerado perigoso.
Veja-se até os atritos que tem existido entre estes dois extremos.